Suprema Corte vai julgar se Trump tem imunidade presidencial em caso sobre tentativa de fraude nas eleições de 2020
28/02/2024
Os juízes suspenderam o caso em andamento e irão revisar a rejeição à imunidade decidida por instância inferior no início do mês. O julgamento tem início previsto para a segunda quinzena de abril. A defesa do ex-presidente quer que o caso seja julgado apenas após as eleições presidenciais, em novembro. Donald Trump em foto do dia 9 de fevereiro
A Suprema Corte dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (28) que vai julgar o pedido de Donald Trump para ter imunidade presidencial no caso em que é acusado de haver conspirado para alterar os resultados das eleições no país em 2020. O julgamento tem início na segunda quinzena de abril e, segundo a agência de notícias Associated Press, não deve ter veredito até o final de junho.
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Trump foi presidente dos EUA de 2017 a 2020 e é o favorito do partido republicano a disputar as eleições presidenciais de novembro contra Joe Biden. Sua defesa quer que o caso seja julgado apenas após o pleito.
Os juízes da Suprema Corte suspenderam o caso criminal em andamento iniciado pelo procurador especial Jack Smith e irão revisar a decisão de um tribunal de instância inferior dos EUA, que rejeitou a imunidade de Trump. A defesa do ex-presidente recorreu para pedir a suspensão dessa decisão alegando que futuros presidentes poderiam sofrer graves consequências pela ausência de tal imunidade.
Três dos nove ministros da Suprema Corte foram indicados por Trump, o que garante uma maioria conservadora na Corte de 6 a 3.
A alegação da defesa foi a de que Trump era presidente à época e, portanto, teria direito a proteções legais, como o impedimento de ser processado criminalmente.
A acusação, porém, argumentou que ele agia como candidato e não como presidente quando pressionou oficiais para tentar mudar o resultado do pleito.
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Depois que o democrata Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2020, Trump passou semanas insistindo publicamente que, na verdade, era ele quem tinha vencido. No dia 6 de janeiro de 2021, encorajou uma multidão a ir ao Capitólio enquanto a eleição de Biden era oficializada.
No entanto, no início de fevereiro, juízes do Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, rejeitaram o pedido. O julgamento desse caso havia sido marcado para março deste ano, mas os juízes decidiram adiá-lo, e ainda não marcaram uma nova data.
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